Aproveitamos a viagem pra Europa e paramos em Londres antes de voltar ao Brasil. O livro “Você é um monstro?” havia acabado de ser lançado na Inglaterra e foi uma ótima oportunidade pra fazer alguns eventos de divulgação.
No final de semana fiz a contação da história na livraria ‘Nomad Books’, num bairro muito bacana de Londres. As crianças se divertiram muito e deixaram a imaginação voar quando fizemos juntos um monstro sugerido por elas.
No dia seguinte, na livraria ‘West End Lane Books’, fiz uma intervenção na vitrine - que tirou meu sono na noite anterior, pensando em como faria para desenhar o monstro pelo lado de dentro do vidro, mas que as camadas aparecessem na ordem correta do lado de fora. A solução foi começar pelo fim… rsrs, ou seja, pelos detalhes, para depois pintar o corpo. Até que deu certo, vejam como ficou:
Por acaso, esta livraria ficava próximo à Abbey Road e foi a desculpa perfeita para passar por lá na volta. Os Beatles sempre fizeram parte da minha formação musical e imaginar eles caminhando ali há 50 anos foi incrível. Aliás, eles estão no meu livro “Uma canção”, você já deve ter visto essa ilustração.
Além das livrarias, a editora Happy Yak organizou algumas visitas em escolas, duas delas em Wolverhampton, próximo de Birmingham, e outras duas em Londres. A programação era contar a história do livro, desenhar um monstro com as sugestões das crianças e responder a algumas perguntas. E no meio disso, tivemos a participação especial de um monstro em tamanho real. Na primeira escola algumas crianças se assustaram quando ele entrou, por isso acabamos adaptando uma entrada mais sutil pras próximas vezes e o sucesso foi garantido!
Ter um livro publicado em outros países é algo muito gratificante, principalmente por ser um autor de uma cultura diferente. É muito bom saber que minha obra é aceita em diferentes lugares, ainda mais num país reconhecido por sua literatura, livros e autores de sucesso mundial, com uma tradição literária recheada de obras de muita qualidade.
O poder que o livro tem, de alcançar leitores de todas as faixas etárias, grupos sociais, raças, culturas e línguas é o que mais me fascina e motiva a continuar criando. A literatura é uma forma de unir pessoas de culturas diferentes, mas que são iguais na sua essência, com sentimentos, necessidade de afeto, conexão e pertencimento. E isso independe do lugar ou da língua.
Outra coisa legal de divulgar um livro num país desse é poder conhecer pontos turísticos que são cenários de filmes e séries, além de ter acesso a cultura, que em cidades menores como a minha é mais restrita.
Ver a Pedra de Roseta e tanta história no British Museum, ter a vista do pôr-do-sol na London Eye, caminhar ao lado do Rio Tâmisa a noite com as luzes refletindo na água (com muito vento gelado, que me deixou sem voz e quase comprometeu as apresentações nas escolas), passear na alternativa Camden Town, conhecer a livraria do filme “Um lugar chamado Nothing Hill”, ir à uma peça teatral que me fez rir do início ao fim, comer um risoto de cogumelos no Borough Market, e, tomar um pint de Guiness!
"Viajar é a única coisa em que se gasta dinheiro, e te torna mais rico.” É muito bom relembrar todos estes momentos e poder compartilhar com você.
Se você quiser ver mais fotos da viagem, acesse meu Instagram aqui.
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